quinta-feira, 1 de setembro de 2011

XIII Fórum Internacional Sobre o Futuro do Etanol marca a abertura da Fenasucro & Agrocana


Aconteceu na segunda-feira, dia 29 de agosto, o XIII Fórum Internacional sobre o Futuro do Etanol, que contou com a presença de várias autoridades e estudiosos sobre o assunto. O tema do fórum esse ano foi “A Energia das Nações”, que teve com objetivo discutir assuntos estratégicos sobre o futuro do setor sucroenergético.
            Esse Fórum precede a abertura da Fenasucro & Agrocana, que conta com 450 expositores e tem a expectativa de receber mais de 25 mil visitantes de todo o país e de 35 países.
            A abertura do Fórum teve a presença do prefeito de Sertãozinho, Nério Costa, que destacou a importância do planejamento para o crescimento do setor. Além disso, houve a transferência de presidência da Fenasucro para o presidente da ETH Bioenergia, José Carlos Grubisich. Na ocasião, ele teve a oportunidade de palestrar sobre o espaço para expansão que a energia de biomassa tem na matriz energética. Além disso, ele discutiu a abertura dos mercados internacionais. “Há um forte potencial de novas plataformas de produção de cana na América Latina e na África”, finaliza Grubisich.
            Representando o governador Geraldo Alckimim, a Secretária de Agricultura do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi esteve presente para falar sobre os investimentos que estão sendo feitas na parte agrícola, como a modernização da infraestrutura. “Hoje em dia já temos 67% de colheita de cana-de-açúcar mecanizada no Estado de São Paulo, sendo que em algumas áreas esse número chega a quase 100%, que é a nossa meta”, avalia a Secretária.
            O presidente do Ceise Br, Adézio Marques, ressaltou que é preciso haver uma união, pois o setor sucroenergético é um dos maiores movimentadores da economia brasileira. Esse pensamento foi reforçado pelo ex-ministro da agricultura do governo Lula e coordenador geral de agronegócios da FGV, João Roberto Rodrigues, que disse que é preciso haver uma articulação do setor. “Os empresários do setor precisam se unir e reivindicar por melhorias juntos. Não podem ser todos caciques, é preciso que um seja escolhido para representar todos”, ressalta o ex-ministro.
            Além disso, ele ainda falou sobre a demanda global pelo Brasil, que é algo inédito na nossa história. “Em 20 anos a área plantada (grãos) cresceu 30%, e a produção cresceu mais de 100%”, diz Rodrigues, que falou da importância de haver uma segurança alimentar e energética sustentáveis, pois será uma questão fundamental para o futuro.
            Como a preocupação com energias limpas é um dos assuntos do momento, o diretor de novos negócios da CPFL discorreu sobre uma novidade, que é a criação da CPFL Energias Renováveis, que passará a investir em energia eólica, solar, biomassa, etc.
            Outro assunto muito discutido pelos palestrantes do Fórum foi a quebra da safra 2011. O diretor do Grupo Alto Alegre, Luis Carlos Carvalho discutiu sobre a estagnada que a oferta da cana sofreu após 2008 e que segundo ele ainda terá consequências até 2015, pois houve um desequilíbrio no canavial e há o problema do clima radical pelo qual estamos enfrentando. “Para corrigir esse problema, precisamos de um plano energético, e para isso é preciso ter estoques, exportações e distorções”, comenta Carvalho.
            Segundo o Presidente do Conselho da Copersucar, houve uma nova redução de produtividade nesse ano. “É a mais baixa média da década”, concluiu ele. Essa baixa aconteceu devido ao tempo seco, as geadas e a infestação por pestes. De acordo com o Presidente da Datagro, Plínio Nastari “dentro de 3 ou 4 anos será necessária uma capacidade adicional de moagem, e caso a oferta de cana não cresça o suficiente, o álcool sofrerá uma anidrização”.
            O mediador do Fórum, Paulo Roberto Gallo, discorreu sobre a relação saudável entre o setor industrial e o sucroalcooleiro, mas ele ressaltou que há alguns entraves à atividade industrial, que são: a tributação, a legislação trabalhista e a falta de acesso a financiamento.
            Para encerrar, o Teatro Municipal de Sertãozinho ainda recebeu a presença da Cônsul da Índia, Abhilasha Joshi, que elogiou o Brasil por seus vastos recursos minerais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário